| dc.description.abstract | O carbono orgânico total (COT) é considerado o parâmetro mais conveniente para quantificar o carbono orgânico presente nas águas, pois independe do estado de oxidação da matéria orgânica e não mede outros elementos ligados à cadeia dos compostos orgânicos tais como nitrogênio e hidrogênio, além de compostos inorgânicos que contribuem para a medida dos parâmetros DBO (demanda bioquímica de oxigênio), DQO (demanda química de oxigênio) e oxigênio consumido. Apesar do padrão de potabilidade em vigência no Brasil (Anexo XX da Portaria PCR n. 5 do Ministério da Saúde) não estabelecer um valor máximo permitido para este parâmetro, seu monitoramento nas ETA’s pode servir para indicar indiretamente a remoção de possíveis microcontaminantes orgânicos, incluindo os que se encontram em águas residuárias e industriais, tratadas ou “in natura”, substâncias húmicas, agrotóxicos, hormônios, fármacos, microalgas e cianobactérias, cianotoxinas, dentre outros. Neste contexto,foram avaliadas quatro ETA’s de ciclo completo no estado de São Paulo, no período de um ano, em períodos de chuva e de estiagem, para a análise comparativa das eficiências de remoção de COT e de outros parâmetros de qualidade nas águas brutas e ao longo do tratamento.Os valores de COT da água bruta variaram devido ao tipo de atividade na bacia, uso e ocupação do solo, lançamento de esgotos sanitários, proteção ambiental e regime de chuvas.Os resultados mostraram que o tratamento em ciclo completo, nas condições de operação das ETA’s investigadas, foi capaz de reduzir as concentrações de COT em no máximo 50%. A ETA que capta água bruta do manancial com água de pior qualidade teve a menor eficiência de remoção de COT, mesmo com a produção de água filtradacom turbidez e cor aparente em conformidade o padrão de potabilidade. Os resultados servem de alerta para que os responsáveis pela operação dos sistemas de abastecimento de serviços de água complementem os tratamentos das ETA’s em ciclo completo que tratam água de mananciais contaminados com o uso de carvão ativado, processos oxidativos avançados e/ou membranas, para melhoria da qualidade da água distribuída e redução dos riscos orgânicos à saúde pública. | |
